sábado, 19 de novembro de 2011

o NADA em mim

Não vejo cores
Não sinto os aromas da manhã
Não escuto o piar alegre dos pássaros
Nada se move em um não-lugar

Se é impossível existir enquanto tal, então por que em mim?
Por que não sigo as regras como outra qualquer?
Por que em meu ser haveria de habitar algo inexistente em todo o universo?
O nada.

É devastadoramente corrosivo e aglutinador
Não se satisfaz com pouco, sempre avança, sempre quer mais...
Invade passo a passo todo o pensamento e, de repente, nada
Nada
Nada
Nada
Nada, nada, e, finalmente, nada.
Portanto, hoje eu sou nada.