sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Psicodélica

Aqui estou a recriar minha realidade e dar asas aos meus talentos até então nem mesmo sonhados, se é que os tenho. Espero que sim. Estou na segunda semana de aulas de meu novo curso superior, o qual espero seja um Divisor de Águas em minha existência, de tantas formas que fica até difícil aqui expor. Eu, amante das línguas, faladas, escritas, cantadas, com meu curso de Letras na bagagem, sou caloura de Direito na Undb. Um mar de novas informações e possibilidades se revela diante de mim e para entrar nesse clima de recriação, divido com vcs um poema que escrevi há muito tempo, mas que se mostra perfeitamente atual e sugestivo.

-=Psicodélica=-


Estou eternamente grávida de mim
Já pari mais de milhões de eus
Não sei quem sou
SOu?
Nem isso sei
Morrer...
Não é o bastante
Desaparecer...sumir
Dentro de mim
Ausência sem dor

Sofro por ser quem não sei que sou
Sofro por sofrer...
Minhas lágrimas secaram
Não deixaram de existir
Estão secas, só
Ásperas
Descem queimando meu rosto
Aniquilando, esmagando

Sangro
Não sei por onde, de onde...
Ás vezes em forma de flor
Sangro, sangro mais...
Vazio...silêncio...
Não ouço mais as ondas do meu mar vermelho
Me afoguei em mim
Se sou...

Publicado na I Coletânia Poética da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão - Latinidade

Sigo reinventando, relendo, recriando esse mundo que por vezes parece escuro e frio, mas que cabe a nós mesmos aquecer e iluminar.
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.Blessed BE.
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