domingo, 18 de abril de 2010

Vazio na mente


Observo a dor que ontem me tomava o fôlego
Sem medo, sem torpor
Só o barulho ensurdecedor do silêncio
Sigo traços do meu pensamento, percebo a contemplar
Me segues, me rondas, preparas uma armadilha
Mas já ouvi teus passos e sei bem onde pisar
Teu olhar me perde, não sabes mais me encontrar
Meu riso sincero não chega mais aos teus ouvidos
Que sangram sem poder algum
Nessa valsa inerte a melodia é mais minha do que nunca
Vermelho se foi, branco em seu lugar, em todo lugar; indolor
Língua afiada a facão, ternura de não ser, sendo
Vento nos cabelos da alma, feixe de luz no porão
Luz ou não, a cegueira enlouquece e estremece tuas mãos
Dedos aflitos se contorcem e se corroem
No fundo, do lado do muro, lá no canto - onde há eco
E ele repete uma mentira, almeja vastos horizontes
Curto alcance, porém, o gemido emudece, então
Uma história de um querer em vão

4 comentários:

THE JOB disse...

Linda poesia, meu Amor! Te amo!

Unknown disse...

O conhecimento dos cantos escuros deste labirinto dá controle e poder. Vc é ótima. bjs

joana athayde disse...

uuuuuh, i can see (not so) cleary now! It's her, babe. So much of the cy spark in this piece. loved it.

ps. were you able to name all the bands i cited in my ro-quem-rou poem? i bet you could.

huge hug, love u tons. love you read your writing, love to see your singing, love to be a witness to your being you.

Unknown disse...

lindo,maravilhoso!
muito profundo...
parabéns!